sábado, 28 de junho de 2008

Olá, bem-vindos!
O programa deste sábado, 28 de junho, será dedicado às culturas andinas. Ouçam o programa e saibam mais aqui sobre essa cultura tão importante em nossa história.

Formado no Brasil no ano de 1972 por integrantes de diversos países latino-americanos, o Grupo Tarancón objetivou divulgar a diversidade cultural da América Latina em suas canções. Seu repertório, caracterizado como folclórico e de protesto, une instrumentos originados nos Andes, violão e baixo elétrico. O grupo já lançou nove discos e atualmente é formado por Emílio de Angeles (voz e sopros), Jica (voz e percussão), Silvio Luna (voz e cordas), Pedro Castanharo (percussão) e Jorge Miranda (baixo e cordas).

Cancões e artistas deste programa:


Tikiminiki, do Grupo Tarancón.


Q'ara Chuncho, canção tradicional de Cusco, interpretada por Alejandro Chávez e por Miguel Príncipe


Los índios, versos recitados por Héctor Roberto Chavero, mais conhecido pelo pseudônimo Atahualpa Yupanqui. Cantor, compositor, poeta, pesquisador, Yupanqui descobriu a música por meio do canto dos camponeses e do som das suas violas. Morreu em maio de 1992 deixando cerca de dez discos e oito livros.


Tinkuman, interpretada por Mariana Baraj, uma cantora argentina de voz grave que costuma ser percussionista de seus próprios shows. Seu repertório representa um folclore latino-americano com fusões como o pop e o jazz.


Dos tipitos, do baixista e compositor argentino Willy González. A canção conta com a participação de Mario Gusso na bateria, Juan D'argenton no piano, Pepe Luna no violão e no charango e de Fernando Barragán nos instrumentos de sopro e na percussão.


Homenaje al mundo andino, composta e interpretada pelo percussionista Manongo Mujica, uma das figuras mais importante do jazz no Peru. A música conta ainda com a colaboração de César Vivanco na flauta, Carlos Espinosa no sax, David Pinto no baixo, Ramón Rodríguez no charango, Daniel Mujica no cajón e de Pepita García-Miró na voz e na percussão.


Cuando oigo sonar la cajá, uma vidala interpretada por um coro infantil da Cidade de Catamarca. A canção faz parte de uma série de CDs intitulado "De Ushuaia a la Quiaca", gravados e produzidos por León Gieco e por Gustavo Santaolalla no início dos anos 80


Atahualpa, you funky, canção feita em homenagem a Atahualpa Yupanqui, por Kevin Johansen.

Huambrarap, cantada em quéchua, inglês e castelhano, a canção é uma composição que incorpora, além da base percussiva do rap, canções de roda andinas.


Noche, cantada por Jessie Galindo em aimara, uma das mais importantes línguas faladas nos Andes bolivianos, foi composta por Jens Gronemann e Cachi Kieffer, dois jovens dedicados à história em quadrinhos "Reflejos rotos", que pode ser lido na íntegra no site www.yenifer.com.


Yanapaway yuksimuyta, canção composta e interpretada pela banda peruana Uchpa que mistura rock com blues e canta em quéchua, uma das mais importantes línguas faladas nos Andes.


Pitumarca, de Miki González, que se dedica a fusão da música afro-peruana, andina e eletrônica.

Inti Raymi é uma cerimônia religiosa que se celebra em diversas comunidades andinas e se relaciona com o solstício de inverno nos Andes do hemifério sul. Segundo os historiadores, o Inti Raymi era uma das festas mais importantes do império inca. Proibida em 1572 pelas autoridades espanholas, a cerimônia é celebrada ainda hoje em cidades como Cusco, no Peru, e em Imbabura, no Equador.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Bem-vindos!
No próximo sábado, 21 de junho, Latitudes Latinas fará um passeio pela produção cultural espanhola.
Confira o que teremos neste programa:

Kepa Junkera, músico nascido no país basco, ao norte da Espanha, é um artista que tem como prática constante a mistura de tradições e culturas diversas. Trikitixa, ou fole do inferno, é o nome do instrumento o qual o artista se identificou ao formar sua carreira e hoje é marca registrada na produção de suas músicas (mais sobre o instrumento abaixo).

Músicas e outros artistas do programa:

Cimurenga del guadiana, com Perrofláuta, banda formada por músicos de diversas nacionalidades, entre eles alguns brasileiros. A partir de seus integrantes já se pode compreender a multiplicidade cultural presente em seu repertório.

Tolemía
, com Cristina Pato, uma jovem que atua como gaiteira e pianista. Conta em sua carreira com cinco discos solos e mais de vinte com diferentes bandas (confira performance da artista no vídeo abaixo)

Ying Yang
, com Jarabe de Palo, banda de Barcelona liderada por Pau Donés. Suas músicas constituem misturas entre o pop rock e ritmos espanhóis e caribenhos.

Milonga del marinero y el capitán
, com Los Rodríguez, banda hispano-argentina formada por Ariel Rot, Julián Infante, Andrés Calamaro e Germán Vilella.

Las cuatro y diez
, de Luis Eduardo Aute, interpretada por Mónica Molina, uma jovem cantora madrilenha, que conta com o apoio de seu irmão, Noel Molina, como compositor de grande parte de seu trabalho.

Ay de ti, ay de mi
,(composta por Luis Eduardo Aute) canção interpretada por Ella baila sola, duo formado por amigas que se conheceram ainda no colégio e começaram sua carreira musical juntas. O primeiro CD foi gravado em 1996, depois que Marta Botía e Marilia Andrés já tinham passado por algumas bandas. Após o ano 2000, as duas amigas se dedicaram a carreira solo.

Sin tu latido
, composta pelo cantor e compositor Luis Eduardo Aute, que também tem se dedicado como pintor, poeta e diretor cinematográfico

Arin Quebec, composta e interpretada por Kepa Junkera.


Arrengao, canção interpretada por José Mercé, músico que tem seu nome atrelado ao flamenco.

Habichuela en Ronnie Scotts
, com Ketama, grupo madrilenho formado por Antonio, José Miguel e Juan Carmona. A banda é uma das responsáveis pelo que se convencionou chamar de novo flamenco, uma experiência musical do flamenco com outros ritmos, entre ele, o jazz.

Blues de la Frontera
, do cantor e compositor flamenco Raimundo Amador.

Zapatillas
, da banda El Bicho, formada por oito integrantes, onde possui o flamenco como ponto comum. Costuma misturar ao ritmo, diversos estilos como o jazz, rock, tango e outros.

Ventilaor R80, com Ojos de Brujo, grupo formado em Barcelona no ano de 1996. Também possui em comum, como outros grupos apresentados no programa, a proposta de fusão entre o flamenco e outros estilos musicais.

Cristina Pato - Bag A´L´ame

Instrumentos citados no programa:

Existem teorias que afirmam que a gaita de fole foi desenvolvida pelas primeiras grandes civilizações, antes mesmo da Era Cristã, sendo utilizadas por legionários romanos para inspirarem os soldados à luta. Sua estrutura compreende um saco – que funciona como reservatório de ar – e uma flauta com palheta, acompanhada ou não de tubos que produzem um som contínuo (roncão).






A trikitixa é um acordeão diatônico. Em ocasiões utiliza-se este termo para designar uma dança ou estilo musical, mesmo há quem chame trikitixa ao dúo que formam pandeiro e acordeão diatônico, obtendo este nome como onomatopéia do som do pandeiro: trikiti trikiti trikiti.A trikitixa e o pandeiro estão muito ligados, por isso é muito difícil ver alguém tocando a trikitixa sem o ritmo do pandeiro.
Fonte: www.bienve.com/euskal







Baglama é um instrumento de corda folclórico turco. Foi envolvido em grandes celebrações da história, como o casamento tradicional, tornando-se um dos mais nobres instrumentos. Possui aproximadamente 1000 anos de existência.


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Olá, bem-vindos!

O programa deste sábado, 14 de junho, trará algumas das canções sugeridas por vocês para embalar o abraço!
Ouviremos também músicas que formaram encontros entre intérpretes brasileiros e nossos vizinhos de idioma.
Aproveitem!

Pedro Guerra

Nascido nas Ilhas Canárias, hoje residente em Madrid, esse músico compõe desde os 16 anos e já fez parcerias com pessoas como Chico César e Jorge Drexler.
Não querendo dedicar-se apenas a cantar e compor, Pedro Guerra cria em 2000 a Fundação Contamíname, com o propósito de promover a convivência e a tolerância entre os povos de diferentes culturas que agora vivem na Espanha (mais informações abaixo).
Em entrevistas o cantor diz ter sido influenciado por The Beatles, Fito Páez, Silvio Rodríguez e ainda pelos brasileiros Caetano Veloso e Djavan.

Criada por Pedro Guerra no ano 2000, a Fundação Contamíname tem como objetivo principal promover o entendimento entre as diversas culturas, buscando formas de uma convivência pacífica entre os povos.
Propondo uma reflexão crítica à imposição de homogeneizar as culturas sob normas dominantes, a Fundação entende que cada cultura possui uma visão única e enriquecedora em todas as suas formas, concluindo assim que deva ter um espaço justo de respeito e igualdade.
Os projetos incluem a publicação de livros, discos e organização de espetáculos de música e teatro.
Site oficial:
www.contaminame.org

Confira a lista das canções que ouviremos neste programa:

Canções compostas por Pedro Guerra:


Bebes del rio

El encantador de serpientes
, com participação de Daniela Mercury


Miedo
, interpretada por Lenine e a mexicana Julieta Venegas



Outras canções:


Soledad
, composta e interpretada por Jorge Drexler, com participação de Maria Rita (veja o clipe abaixo)

Vendrá la muerte y tendrá tus ojos
, canção de Andrés Calamaro, com um verso do poeta italiano Cesare Pavese(ver abaixo)

Te quiero igual
, também composta por André Calamaro, interpretada por Kevin Johansen

Jugar por jugar
, do espanhol Joaquín Sabina

Tu sonrisa inolvidable
, canção de Fito Páez

Bajopiel, composição do baixista argentino Guillermo Vadalá

Ante la duda todo
, do uruguaiano Martín Buscaglia

Quien engaña no gana
, com a banda espanhola Ojos de brujo

Soun tha mi primer amor
, da banda mexicana Kinky, que mistura em seu repertório cumbia, rock, funk, bossa nova e música eletrônica

VENDRÁ LA MUERTE Y TENDRÁ TUS OJOS

(Cesare Pavese, Italia, 1908-1950)


Vendrá la muerte y tendrá tus ojos
esta muerte que nos acompaña
desde el alba a la noche, insomne,
sorda, como un viejo remordimiento
o un absurdo defecto. Tus ojos
serán una palabra inútil,
un grito callado, un silencio.
Así los ves cada mañana
cuando sola te inclinas
ante el espejo. Oh, amada esperanza,
aquel día sabremos, también,
que eres la vida y eres la nada.

Para todos tiene la muerte una mirada.
Vendrá la muerte y tendrá tus ojos.
Será como dejar un vicio,
como ver en el espejo
asomar un rostro muerto,
como escuchar un labio ya cerrado.
Mudos, descenderemos al abismo.



Soledad

Soledad
(Jorge Drexler)


Soledad,

aquí están mis credenciales,

vengo llamando a tu puerta

desde hace un tiempo,

creo que pasaremos juntos temporales,

propongo que tú y yo nos vayamos conociendo.

Aquí estoy,

te traigo mis cicatrices,

palabras sobre papel pentagramado,

no te fijes mucho en lo que dicen,

me encontrarás

en cada cosa que he callado.


Ya pasó

ya he dejado que se empañe

la ilusión de que vivir es indoloro.

Qué raro que seas tú

quien me acompañe, soledad,

a mí, que nunca supe bien

cómo estar solo.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Olá,

neste sábado, 7 de junho, a gente ouve algo do trabalho de Vitor Ramil e de outros bons músicos que fazem a trilha sonora de nossos dias nesta nossa "maiúscula América". Na segunda parte do programa de hoje, a gente traz algumas cancões que você pode dedicar neste próximo 12 de junho... E se quiser ganhar um CD com as cancões sugeridas pelos ouvintes de Latitudes Latinas, basta enviar sua sugestão: que cancão deve entrar no programa do próximo sábado? A votacão se encerra hoje mesmo. Portanto... corra!

Nascido na cidade de Pelotas (ou, como ele mesmo diz, em Satolep), Vitor Ramil é um dos mais sofisticados compositores brasileiros dos últimos anos. Gravou seu primeiro disco aos 18 anos; morou alguns anos no Rio de Janeiro e depois voltou para Satolep, que é Pelotas vista no espelho. De lá, ele começou a esboçar o que chamou de uma “estética do frio” – que você pode conferir no belíssimo CD que é Ramilonga, um CD lançado em 1997.

Para a gravação de Tambong, seu sexto CD, lançado em 2000, Vitor Ramil convidou músicos como Egberto Gismonti, Lenine, Chico César, João Barone, o baterista dos Paralamas, e os argentinos Pedro Aznar (que é também o produtor do CD) e Santiago Vázquez.

E o percussionista argentino Santiago Vázquez é outro dos músicos que a gente ouve nesta primeira parte do programa. E é também o artista que faz a trilha instrumental do programa de hoje.

confira a lista das cancões que nós vamos ouvir hoje em Latitudes Latinas:

De Vitor Ramil a gente ouve:


Cielo no es
La ilusión de la casa
Prado verde


(cancões incluídas em seu CD Tambong, lancado em 2000)

e ouvimos ainda:

Feria del trueque, com Santiago Vázquez & Puente Celeste.
Berimbau blues, com o percussionista brasileiro Dinho Nascimento
Palomas en la quinta, com o cantor e compositor espanhol Quique González
Desnuda y con sombrilla, com Silvio Rodríguez, cantor e compositor cubano
Antes, com Jorge Drexler
Go back, com Titãs & Fito Páez
Todavía una canción de amor, com a banda hispano-argentina Los Rodríguez
Cerca del amor, com Pedro Guerra (veja abaixo a letra da cancão )






Farewell


(pablo neruda - chile)



1

Desde el fondo de ti, y arrodillado,

un niño triste, como yo, nos mira.
Por esa vida que arderá en sus venas
tendrían que amarrarse nuestras vidas.
Por esas manos, hijas de tus manos,
tendrían que matar las manos mías.
Por sus ojos abiertos en la tierra
veré en los tuyos lágrimas un día.

2

Yo no lo quiero, Amada.
Para que nada nos amarre
que no nos una nada.
Ni la palabra que aromó tu boca,
ni lo que no dijeron las palabras.
Ni la fiesta de amor que no tuvimos,
ni tus sollozos junto a la ventana.

3

(Amo el amor de los marineros
que besan y se van.
Dejan una promesa.
No vuelven nunca más.
En cada puerto una mujer espera:
los marineros besan y se van.
Una noche se acuestan con la muerte
en el lecho del mar.

4

Amo el amor que se reparte
en besos, lecho y pan.
Amor que puede ser eterno
y puede ser fugaz.
Amor que quiere libertar
separa volver a amar.
Amor divinizado que se acerca
Amor divinizado que se va.)

5

Ya no se encantarán mis ojos en tus ojos,
ya no se endulzará junto a ti mi dolor.
Pero hacia donde vaya llevaré tu mirada
y hacia donde camines llevarás mi dolor.
Fui tuyo, fuiste mía. Qué más? Juntos hicimos
un recodo en la ruta donde el amor pasó.
Fui tuyo, fuiste mía.
Tu serás del que te ame,
del que corte en tu huerto lo que he sembrado yo.
Yo me voy. Estoy triste: pero siempre estoy triste.
Vengo desde tus brazos.
No sé hacia dónde voy...
Desde tu corazón me dice adiós un niño.
Y yo le digo adiós.













Cerca del amor

(pedro guerra - españa)


una vez estuvo cerca del amor
de las alas y el misterio
de gustarse en el espejo
y esa vez no supo nada del dolor
por las calles y los versos
poco a poco fue creyendo
y el mar, la lluvia y los balcones
oliendo a jazmín
y el libro de los besos y las flores
con todo y por ti
pero dudó
otra vez estuvo cerca del amor
y las gentes y las caras
no existían ni contaban
y esa vez se hizo más fuerte y no dudó
y las horas encantadas
ni corrían ni pasaban
y el mar...
pero lloró
cuántas veces cerca
cerca del amor
casi lo tocó y lo acarició
y casi estuvo cerca
de abrazarlo y se escapó
una vez estuvo cerca del amor
si es que estuvo cerca del amor
luego fue que estuvo cerca del amor
y el futuro no pensado
se hizo enorme y hubo un árbol
y esa vez como un ángel no lloró
y el amor tomó su mano
y fue un niño y fue un anciano
y el mar...pero temió

cuántas veces...